quarta-feira, 13 de abril de 2011

Observação

Toda a sua essência se concentrava no silêncio de um olhar.

E num mero vacilo, se perdia para sempre na vastidão de outros olhares que nada dizem.


-.-.-.-


Ela, que pouco falava com a boca, muito dizia com os olhos.

E o que não dizia era tudo o que importava saber.


-.-.-.-


Não era tristeza que trazia nas grandes órbitas escuras.

Mas um silêncio tão profundo que era de fazer chorar.

Porém quando sorria,

junto com os cantinhos tímidos dos lábios que subiam,

iluminavam-se os olhos de lágrimas:

era esse seu jeito de alegrar.

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