quinta-feira, 28 de abril de 2011

Linha cruzada

Vagava eu pelo cinzento mundo, em meu silêncio surdo, com os ouvidos mudos.
E subitamente me alcançaram uns sons; palavras. Lindas. Cor-de-rosa.
Encheram minha alma de alegria, transformaram minhas feições em um grande sorriso.
Busquei a fonte da minha felicidade; encontrei quem fizera tão singela declaração.
Estava de costas e falava ao telefone; sorria.

Desmoronei.
Meu mundinho voltou a escurecer, um vento frio passou por mim.
Aquelas palavras, tão lindas, tão doces, tão amorosas...
Não eram pra mim.

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