quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Sonho ruim

Ela estava na sala, consumida pela agonia. Os sentimentos não cabiam mais dentro de si. Uma ânsia de gritar e botar tudo pra fora; de correr sem ter rumo; de estar ali, mas com ele. Enlouquecia-a cada minuto que passava longe dele. Precisava fazer alguma coisa. A espera a consumia. Precisava fazer alguma coisa. Correu para a porta e a abriu de súbito.

- Por favor, não vai! Esquece tudo o que eu falei! Volta!

Ele estava ali, parado. Do jeito que ela o deixara quando fechara a porta na cara dele pouco antes.

- Eu nunca fui.

Abraçaram-se e beijaram-se desesperadamente, e logo não podia-se saber quem era um quem era outro.

Na manhã seguinte ela acordou na cama, nos braços dele. Ele já a fitava.

- O que aconteceu?

- Foi só um sonho ruim.

E voltaram a só ter sonhos bons.

Um comentário:

Anônimo disse...

Gostei, gosto de sonhos, gostei da confusão de não saber quem é um e quem é outro.