sábado, 3 de outubro de 2009

Até que a dor passe

Na festa ela ri e conversa, bebe e come, dança e se diverte. Ninguém percebe a umidade em seus olhos quando a música muda. Uma saída estratégica para o banheiro feminino, seca o rosto com papel, retoca a maquiagem e volta pro salão linda e reluzente.

Fim de festa, chega em casa, tira a roupa deita na cama. Chora em silêncio e dorme. Sonha com o passado.

Manhã seguinte, bebe chá, toma banho, se arruma e almoça com a família. Solidão sussurra discretamente em seu ouvido. Um cansaço sem motivo toma conta do seu corpo.

Fim de tarde chega em casa, a casa escura e sozinha. Come chocolate, lê um livro, tenta dormir, não dorme. Liga o computador, procura alento, não encontra. O silêncio só não a consome porque o vizinho escuta música alto demais.


Olha aquela foto esquecida na gaveta, pega papel e caneta e escreve: saudade...

No dia seguinte encontra as amigas, conversa, brinca, ri. Esquece toda a tristeza. O telefone toca: novidade. Todo mal tem sua beleza.

Um comentário:

Anônimo disse...

Parabéns, vc escreve muitoo bemm!!!